“Vós, maridos, amai as
vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo
se entregou por ela, para santificar, purificando-a com a lavagem da água,
pela palavra, a fim de apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus
próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Afinal
de contas, nunca ninguém odiou a sua própria carne, antes
a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; pois
somos membros do seu corpo”. Efésios 5:25-30.
A pergunta que dá título a nossa reflexão semanal é uma das mais intrigantes no meio do povo cristão, senão a que mais desperta controvérsias. Ela esteve publicada no nosso site durante meses para participação aberta de todos os internautas. E, confesso, que grande ainda é a dúvida com relação ao tema. Em termos percentuais, digamos que 50% afirmou ser contra e os outros 50% a favor. Mas esse equilíbrio de opiniões é reflexo da heterogeneidade presente nos ensinamentos que as igrejas evangélicas promovem hoje em dia com os membros. Algumas doutrinas e alguns líderes ensinam que, durante o casamento, tudo é válido em termos de comportamento sexual entre o casal. Outros líderes indo exatamente ao extremo oposto: abominam radicalmente a prática do sexo oral e anal no matrimônio. Ainda existem aqueles pastores que preferem uma postura mais... digamos... conciliadora: aprovando um dos tipos de sexo (o mais comum o oral) e condenando o outro (o anal, claro). E quando não, deixando completamente livre ao entendimento do casal na cama. É certo que a Bíblia não trata desse tema de forma direta e explícita, até porque, à época em que foi escrita, a prática do sexo oral e anal se dava apenas entre casais pagãos, como ocorrera aos habitantes de Sodoma. Mas isso não significa que a Palavra de DEUS seja omissa.
Veja o que escreveu o apóstolo Paulo: “Não
sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
Não erreis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,
nem efeminados, nem sodomitas (os que praticam sexo anal)(...) não
herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-10). Podemos
também ver através de correlações, inferências,
legítimas interpretações saber o que é agradável
e o que não é agradável a DEUS, até mesmo
em temas que só apareceram na contemporaneidade.
O sexo é o principal alimento que o casal dispõe
durante a vida de casados. Ele existe para suprir uma necessidade da carne,
moderada, liberada e abençoada por DEUS, e com fins de promover
a edificação da vida espiritual do marido e da mulher. No
mundo espiritual, temos a oração como principal alimento
da alma. No mundo carnal, o sexo: “Não vos defraudeis um
ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes à oração. Depois ajuntai-vos
outra vez, para que satanás não vos tente por causa da incontinência”
(1 Coríntios 7:5). Porém o fato de, segundo a vontade de
DEUS, o sexo ser praticado apenas depois de casados, não significa
dizer que o direcionamento do ato esteja apenas ao critério do
homem e sua esposa. Mesmo unidos sob o consentimento da igreja e do civil,
eles mais do que nunca têm que continuar colocando DEUS na direção
de tudo. Em síntese, a ação divina não se
restringe apenas ao momento da celebração religiosa e civil.
Ela prossegue em todas as atitudes na vida dos cônjugues.
A união sexual do homem e da mulher após
o casamento é comparada à relação de Cristo
com a sua noiva (a Igreja). A carne de CRISTO, embora muito desgastada
pelas viagens missionárias e pela violência sofrida antes
de Sua morte, sempre esteve incontaminável do pecado, desde o instante
de sua concepção pelo poder do Espírito Santo na
virgem Maria. Por isso, JESUS se ofereceu à sua Igreja (povo escolhido
e separado) sem mácula, irrepreensível, nem rugas ou coisa
semelhante. Salvos pelo sacrifício feito em cruz, passamos a receber
o Espírito Santo em nosso corpo; vivemos transformados; passamos
a ser chamados Luz do Mundo e Sal da terra, geração eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, templo
vivo onde mora e habita o Espírito de DEUS. Saímos do nosso
corpo simples e mortal, entregue à prevaricação,
ao pecado e nos juntamos ao corpo glorificado de JESUS. Passamos a ser
integrantes do Seu corpo. Assim era o homem e a mulher antes do casamento.
O sexo, sem a aprovação de DEUS, representa apenas uma satisfação
meramente instintiva, carnal, diabólica. As duas carnes ainda não
se fizeram uma. Quando José recebeu a notícia do anjo que
a sua noiva, Maria (até então sem nenhuma experiência
sexual), ficaria grávida pela ação pura e simples
de DEUS, a primeira reação que ele teve foi de fugir, de
abandoná-la. Quanto ao nosso corpo, cada membro tem sua função
natural específica e determinada por DEUS.
Os olhos não podem fazer a função
dos pés, nem os ouvidos a função dos joelhos. Se
hoje é muito difícil aceitar e suportar a idéia de
que o único caminho que DEUS deixou para que haja a relação
sexual entre o homem e a mulher durante o casamento é pela via
normal (penetração do pênis na vagina), foi porque
satanás já se apossou da mente e da carne do casal, escravizando-as.
Observe o que diz o livro de Romanos: “E como eles (homens e mulheres)
não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou
a um sentimento pervertido, para fazerem coisas inconvenientes. Estão
cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia,
avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade.
(...) Embora tenham conhecimento da justiça de Deus (que são
dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem,
mas também aprovam os que as praticam” (1:28, 29 e 32). A
boca, além de ingerir alimentos materiais que dão sustentação
ao nosso corpo, tem por função especial a de louvar a DEUS
e a de falar da Sua Santa Palavra. E se a boca é o meio de ingestão
de alimentos, o ânus de excreção de fezes. O marido
que constrange a sua esposa para tal solicitação aberratória
ou a esposa que insinua o marido para esse tipo de desejo sexual, um ao
outro se deprava, e aos poucos vai colecionando maldição
sobre a família e sobre o casamento. É imprescindível
que o casal ore a DEUS antes de toda relação sexual, oferecendo-O
os corpos para o Seu louvor e a Sua glória.
A prática do sexo oral e anal entre casais é
completamente abominável a DEUS, constituindo numa aberração
da natureza humana, e entrou no meio da igreja cristã quando ela
decidiu aderir a tal da modernização, fugindo dos exageros
que antes cometera. Esse tipo de adaptação à modernidade
é maligna e trouxe sérios prejuízos à igreja
de DEUS aqui na terra: não só distorceu o comportamento
de casais quanto ao sexo, como também na forma dos cristãos
cultuarem; no falar; no vestir, no cantar etc. Lembre-se, pois, da igreja
de Sardes, cujo nome tem vida, mas está morta, porque suas obras
não se encontram perfeitas diante de DEUS (Apocalipse 3). A igreja
de antigamente, tirando os excessos (roupas, corte de cabelo etc), era
bem menor em quantidade de fiéis, mas bem melhor em qualidade espiritual
comparando-a com a igreja de hoje. Atualmente as igrejas cristãs
se adaptaram a vários tipos de costumes mundanos (com a mera finalidade
de agradar a diversos tipos de pessoas) que, se colocarmos juntas 100
pessoas (cristãs e mundanas), num mesmo ambiente, será difícil
identificar as que são evangélicas.
Enfim, no dia em que essas igrejas voltarem a amar a CRISTO
no primeiro Amor, muitos saltarão fora, porque servem a DEUS por
comodidade dos seus costumes. Só prosseguirá na caminhada
santa em busca da Canaã celestial quem realmente desejar ser santo,
quem verdadeiramente se dispor a renunciar a si mesmo, inclusive a própria
carne, tomar a sua cruz e a seguir o Filho de DEUS. Façamos, a
partir de hoje, uma autoavaliação de como está o
nosso testemunho cristão; e, se possível for, arrependemo-nos
de todas as obras más. Não só na frente de homens,
como quem só quisesse agradá-los, mas também entre
quatro paredes, onde os olhos do homem natural não enxergam, mas
o DEUS onipresente a tudo observa, “para que andeis de um modo digno
de Deus, que vos chama para o seu reino e sua glória” (1
Tessalonicenses 2:12). Amém, Senhor JESUS!!!
Fernando César – Professor, palestrante,
evangelista e escritor pernambucano. Autor dos livros “NÃO
MUDE DE RELIGIÃO: MUDE DE VIDA” e “PÓDIO DA
GRAÇA”.
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